O dia 17 de novembro é considerado o Dia da Prematuridade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), prematuridade são todos os bebês que nascem com menos de 37 semanas de gestação. Podendo ser classificados como prematuros extremos os bebês que nascem antes de 28 semanas de gestação; muito prematuros: entre 28 a 31 semanas; e moderados os que nascem entre 32 e 36 semanas de gestação.
De acordo com Ana Paula Uzar Almeida Girardi, Coordenadora de Enfermagem da UTI Neonatal “é extremamente importante falar de prematuridade, pois ela é a principal causa de morte infantil no mundo. Quando falamos sobre a prematuridade conseguimos visualizar os problemas que afligem os recém-nascidos e levantamos possibilidades de melhorias para o pré-natal e para a assistência aos prematuros internados e suas famílias”.
A coordenadora afirma que falar sobre prematuridade é falar sobre um futuro de mais qualidade e menos comorbidades, “lembrando sempre que este bebê crescerá, se tornará um adulto e nossa missão é proporcionar que ele se torne um adulto sadio e produtivo para a sociedade”, explica.
DIREITOS DO BEBÊ
Ana explica que todos os bebês têm o direito de ser registrado, realizar os exames de triagem neonatal, receber vacinação e ser acompanhado pela família e por profissionais de saúde em seu crescimento e desenvolvimento gratuitamente.
Entre tantos direitos, em especial os prematuros, a mãe têm o direito a licença maternidade estendida que proporciona 120 dias contados a partir da alta hospitalar. Isso está previsto na Declaração Universal para os Direitos do Bebê Prematuro
Ana explica que não é possível prever um nascimento prematuro. “No entanto, existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de um parto prematuro, como complicações durante a gestação, histórico familiar, condições médicas da gestante ou certos hábitos de vida. O acompanhamento médico regular durante a gestação também pode ajudar a identificar possíveis problemas e minimizar alguns riscos”.
Importância do pré-natal
Outra questão importante apontada por Ana Uzar é que o pré-natal ajuda a diagnosticar possíveis complicações que podem levar a prematuridade e a diagnosticar doenças maternas podendo ser grave para a gestante.
A coordenadora destaca que no Brasil a taxa de partos antecipados é de aproximadamente 12% de acordo com dados da Fio Cruz e da OMS. “Somos o 10° país no ranking da prematuridade. Perdendo apenas para países como a Índia, China, Nigéria e Paquistão, sendo esses dados do relatório do estudo Born Too Soon.
Nem todo bebê prematuro precisa necessariamente ser internado, pois depende da sua idade gestacional, seu peso e seu quadro clínico. Quanto menor a idade gestacional maior a possibilidade de internação, finaliza Ana.
