Humanizar o tratamento é uma ação de cura

Equipe da Humanização - Murilo, Mateus, Gustavo e Heder
Equipe da Humanização da Santa Casa: Murilo, Mateus, Gustavo e Heder

A Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba desde que o Padre Flávio Júnior passou a ocupar o cargo de diretor-presidente da entidade, implantou um sistema humanizado no Hospital e isso traz inúmeros benefícios para os pacientes.

No Brasil se começou a falar em humanização na saúde há vinte anos, em 2003. A PNH (Política Nacional de Humanização), segundo o Ministério da Saúde, tem por objetivo efetivar os princípios do SUS (Sistema Único de Saúde) no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários.

O coordenador da Humanização da Santa Casa, Heder Joubert, que possui diversas formações na área da saúde e em ciências humanas, conta que quando o padre Flávio Júnior introduziu a humanização na Santa Casa. A primeira coordenadora foi a senhora Solange Pedroso, que ainda atua no Hospital no setor de SAC.

 

O Trabalho

O Setor de Humanização da Santa Casa não para nem aos finais de semana. Os funcionários visitam os quartos do Hospital e levantam as demandas dos pacientes, informando para os setores responsáveis sobre as necessidades dos acompanhantes e pacientes.

Quando, por exemplo, um paciente está internado e os médicos realizam um exame que confirma a existência de um câncer e ele não está inserido na rede Hebe Camargo, os agentes de humanização auxiliam a equipe junto aos médicos para a inserção deste paciente, para que o mesmo tenha a assistência adequada nesse momento.

 

Pandemia

Com o advento do Covid-19 de forma pandêmica, comenta Joubert, a Humanização trabalhou muito. A Santa Casa foi referência nas internações em razão do Covid e acolheu pacientes e seus familiares. Pessoas que estavam nas UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) se comunicavam através de vídeo chamada pelo tablet da Humanização. Já pacientes que estavam entubados recebiam áudio dos parentes, que eles colocavam cuidadosamente todos os dias para os pacientes ouvirem.

Ainda durante a pandemia, os velórios foram proibidos, mas a Santa Casa preparou uma sala com vidro de proteção, para que o familiar pudesse ser acolhido e se despedir do ente querido.

As vídeos chamadas também são utilizadas em outras ocasiões. Quando um parto tem complicações o bebê fica afastado da mãe, se a mãe necessita de UTI e o Bebe na UTI Neonatal, esta normalmente conhece a criança por vídeo chamada realizada pela equipe de Humanização e Enfermagem.

São muitas as histórias que Joubert tem para contar. Como a de um senhor que chegou ao Hospital e não queria comer e nem aceitar medicação. Depois do contato com a Humanização, ouvindo as suas necessidades e queixas, a equipe achou uma forma de abordar o paciente dentro das coisas que ele gostava. Encontraram um pequeno brinquedo, um jogo de pesca, e lhe deram de presente. Depois dessa dinâmica acolhedora, o paciente aceitou o tratamento e conseguiu se recuperar, mudando da água para o vinho.

Humanização faz a ponte para pets poderem visitar pacientes

Tempo de Alegria da Companhia Joubert

O Projeto Tempo de Alegria da Companhia Joubert é um projeto voluntariado das alunas de medicina da UNIP (Universidade Paulista) do campus Alphaville e tem o objetivo de desenvolver atividades ocupacionais com os pacientes internados, todo último sábado do mês na Santa Casa.

Os alunos resolveram homenagear o coordenador de Humanização da Santa Casa, colocando seu nome no Projeto. Os estudantes acompanharam o trabalho de Joubert, no atendimento aos pacientes no fim do ano passado quando ficaram alguns dias no Hospital.

A Humanização hoje faz parte da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba e isso é o melhor para todos. Acolher e ser acolhido é uma forma de evoluirmos como seres humanos.