Tosse, falta de ar, cansaço maior do que o que tem os amigos da mesma idade, e que fazem as
mesmas atividades? Foi ou é fumante? Trabalhou em serviços na presença de fumaças e fuligens?
Isso pode ser DPOC.
O Dia Mundial da DPOC é uma campanha anual sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD), que acontece sempre na 3ª quarta-feira do mês de novembro, com o objetivo de aumentar o conhecimento público sobre a doença. Atualmente, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica representa a 3ª causa de morte no mundo (251 milhões/ano). Trata-se de um dado alarmante, já que é possível evitá-la. A melhor forma de prevenção é a cessação do tabagismo, responsável por cerca de 80% dos casos.
A DPOC é uma doença tratável com medicamentos (broncodilatadores, anti-inflamatórios e outros, especificados pelo médico), além da reabilitação pulmonar e suplementação de oxigênio, dependendo da gravidade.
Aos pacientes que apresentem sintomas suspeitos, é recomendado consultar o médico, a fim de confirmar o diagnóstico e iniciar precocemente o tratamento, que visa, entre outras coisas, controlar os sintomas, reduzir o impacto da doença no dia a dia, prevenir as exacerbações e retardar a progressão da DPOC.
Pessoas que passaram a “perder o fôlego” e ficar ofegante durante a atividade física, por exemplo, ou que têm tosse repetitiva ou, ainda, com histórico de exposição à fumaça, devem fazer a espirometria, exame rápido, indolor e não invasivo.
Os eventos de piora da tosse, catarro no peito e falta de ar são as chamadas “exacerbações” da DPOC, que podem ocorrer sem causa aparente ou por estímulo de uma infecção respiratória, exposição à poluição, exposição ao tabaco ou descompensação de outras doenças, como eventos cardiovasculares e tromboembólicos. A vacinação para a influenza e para o pneumococo e a cessação do tabagismo são medidas reconhecidas para evitar esses episódios.
No dia a dia, há uma série de estratégias (medicamentosas e não medicamentosas) orientadas pelo médico para os casos de piora das queixas respiratórias. Ainda assim, é importante estar atento e procurar ajuda caso os sintomas não melhorem.
Em setembro de 2018, foram gastos mais de 8 milhões com serviços hospitalares para tratar a bronquite, enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, segundo o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde.
O tabagismo é sem dúvida o maior responsável pela DPOC, e a maior causa de doença evitável no mundo.
Portanto, o melhor remédio é abandonar o tabagismo.
E no dia 31 de maio, comemora-se o DIA MUNDIAL SEM TABACO.
Luiz Otsubo – PNEUMOLOGIA